terça-feira, 3 de abril de 2018

Eleições na Universidade: exercício de democracia?

Alexandre Fernandez Vaz



Vivenciei as primeiras eleições para reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) quando ainda era estudante, no período chamado de transição democrática. De lá para cá, mais de perto ou mais de longe, vi todas e de algumas tomei parte nas campanhas. Na verdade, refiro-me à consulta pública aos três segmentos da comunidade da UFSC, em proporção de um terço para o alunado, o corpo docente e os técnicos. O resultado tem sido respeitado pelo Conselho Universitário (CUn), que referenda o resultado alcançado. Isso é feito na forma de uma nova eleição, interna aos conselheiros, ritual necessário porque diz a lei que a lista tríplice a ser enviada para o Ministério da Educação deve ser indicada pelo CUn. Trata-se de exercício ficcional, uma vez que o resultado já é de antemão conhecido. De posse das indicações, o Ministério tem confirmado a composição eleita em primeiro lugar. O resultado da consulta pública, portanto, sempre prevaleceu na UFSC.


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